quarta-feira, 14 de julho de 2010

Grandes Idéias geram pequenas mudanças

Eu, hermana Tetézita, Ri (paidastro) e Madresita Regininha

Há algum tempo ando tentando mudar o mundo com pequenas atitudes... E resolvi, além de começar comigo mesma, expandir práticas mais sustentáveis e pacíficas para dentro de casa. Principalmente no que se trata de relações cotidianas e pessoais.

Sei que parece ser um tanto abstrato tal causa, mas acredito muito na mudança a partir do cuidado, do amor e do carinho. E o desafio maior está dentro de casa, já que tenho um nível alto de intimidade, convivência e consequentemente de desgaste. Acredito, que reconhecendo a sombra das pessoas é que podemos reconhecer as nossas próprias e aí sim olhar para a luz.. "Por traz do sombreiro está a luz" - Ukiemana.

Enfim, como não tenho a prepotência de mudar ninguém, pois acredito que a mudança está dentro de nós, gostaria de fazer a minha parte com todas as pessoas que convivo dentro de casa. Minha mãe, Regina, meu padastro, Richard e minha irmã Stephanie. Para isso, primeiro de tudo, necessito de dispor mais tempo com eles: dialogar mais abertamente, contribuir para as tarefas de casa, para a resolução de conflitos (quando o tempo esquenta) e buscar a paciência, a tolerância, a participação e o amor como forma de me relacionar.

Por isso, além de dialogar, contribuir para as tarefas de casa e "resolver" (ou amenizar conflitos), gostaria de realizar algumas outras ações mais concretas: "Se for para a felicidade ou a vontade deles, não me contrariarei", apenas colocarei a minha posição e estabelecerei mais relações de confiança e de cooperação entre nós; não cobrando nada de ninguém, mas sim mostrando com exemplo de boas atitudes. Aceitar todos eles como são e tirar todos os "se"s da frente do que poderia ter sido, e caminhar com as minhas próprias pernas para resolver as minhas próprias questões mal resolvidas no passado, no meu processo de desenvolvimento na infância, na adolescência,e por aí vai.... Ficar mais tempo com minha irmã, buscar ela na escola, fazer programas que ela propõe ou propor programas do interesse dela, ser mais companheira dela...

É um processo que se requer adaptações, e que resultados virão a médio e longo prazo. Mas acredito, que nas relações, o enfoque não está no fim, mas no processo. O resultado não será imediato. Sei, em algum lugar do meu coração, que é dessa forma, de formiguinha em formiguinha, de grão em grão, de pingo em pingo, é que se constrói uma comunidade, verdadeiramente coletiva.

Harmonizar é um desafio. Até porque acredito que harmonia existe só porque existe o conflito, é uma dialética de  processos. E que venha o conflito, mas que sabamos agir com sabedoria, saber ver o que está por trás de tudo aquilo, para nos auto-conhecermos a partir do outro, que é nosso espelho, que é eu mesma, e que somos um. Harmonizar uma comunidade e resgatar toda a raíz da família é resgatar o vínculo daquilo que nos une: o afeto.

Farei esse trabalho comigo mesma. E conto mais pra frente, como está sendo toda essa desafio...

Ahoo!

Um comentário:

  1. Oi Gabi, a causa que você escolheu é totalmente válida: envolve uma comunidade da qual você faz parte, e se entendi bem, você quer intervir nas relações não é isso? Pelo que entendi você acha que uma coisa que pode melhorar é a forma de resolver conflitos entre vocês e a proximidade, principalmente entre você e sua irmã, é isso? Acho que vai ser super importante para a sua tarefa, o próximo desafio: com quem você conta, quais os talentos de cada um etc... Uma conversa com eles pode ajudar a sua causa. Que tal?
    Abraço,

    Val

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