quinta-feira, 1 de julho de 2010

QUEM ESTOU?!

No dia de hoje, sinto-me feliz. Tranquila, firmada, com fé, com saúde, força... Depois de uma aula de yoga na casa dos amigos e de pegar minha cesta orgânica (com os mesmos amigos), sinto o grande propósito de seguir em frente. Ando num período delicado da minha vida, tentando lhe dar com a instabilidade para atingir meu próprio equilíbrio.

Me formei ano passado em Gestão Ambiental e, depois, de um ano super focado em terminar a faculdade, saí viajando pelo Nordeste (com algumas economias dos meus anos de estágio) e depois fui fazer um curso de Alfabetização Ecológica na Inglaterra. Esse curso foi uma imersão de reconexão com Gaia! Com pessoas do mundo inteiro, vivi duas semanas em uma comunidade e formamos uma família linda e multicultural. Voltei para o Brasil e fui visitar meu companheiro que mora na Bahia, em Itacaré e ficamos 10 dias juntos, entre praias, chuvas, projetos e suas pinturas (ele é artista plástico)... Depois que voltei a São Paulo, retomei minhas atividades no Afrobase, núcleo de educação e cultura afro-brasileira, no Toró (fomos pra Brasília trabalhar na CONFINT - confint2010.mec.gov.br ou vamoscuidardoplantea.net), e além disso tento reestruturar minha vida com as novas demandas que emergem dentro de mim mesma.

Estou a construir um chão para o plano social da minha vida, procurando emprego, fazendo cursos, montando grupos e fazendo escolhas para que minha vida tome o rumo certo... Sempre cuidando do meu corpo, da minha mente e da minha alma para captar os sinais do Universo que me guiam e para manter essa força e essa crença de que algum momento tudo irá se resolver, se encaixar.. Aliás, já está se resolvendo, encaixando e dando certo...

Dúvidas profissionais eu não tenho não.. Sei bem que quero unir a educação com o desenvolvimento local, como forma integrada de cidadania e de transformação social, através das unificação das áreas do saber, da arte e do amor (da afetividade). E é isso que ando procurando... Trabalhos na área de arte educação e de educação ambiental. Por enquanto, né?! Porque pretendo cada vez mais conhecer sobre técnicas, experiências e conhecimentos sobre desenvolvimento local. Acho que nem a educação ocorre sem a transformação social na prática e vice-versa. Tudo deve ser vivenciado. A minha grande dúvida é por onde devo começar, sem esperar que a porta do céu se abra pra mim? Acho que algumas portas eu mesma já estou abrindo até dentro do meu EU, mas estou em busca de outras para juntar forças e conseguir romper mulharas sociais e, assim, construir um novo mundo. Ah! Mas vai saber o que a vida me reserva... Tendo muito ainda pra viver e conhecer (Deus queira que sim), quem sabe eu descubra o mundo novo em ebulição. Somos caixinhas de surpresas.

No meio disso tudo ando sonhando um tanto, acordada como dormindo também. Nos momentos de ócio criativo é que a gente se reconstrói, né?! Nossa, e como esse processo tem sido importante para eu dar valor a paciência e a persistência daquilo que eu acredito, nesse momento de instabilidade, sabe? E aí, o meu sonho que me veio muito forte dias desses foi o de montar uma escola na roça. Em Minas. Ou num sei... Minas é um lugar tão querido por mim, que tenho um vínculo ancestral-familiar e ancestral-espiritual, creio eu. Acredito numa escola que seja uma comunidade de aprendizagem, onde todos constroem o espaço e o conhecimento de forma conjunta. Onde as pessoas aprendam a cuidar, a amar, a viver em harmonia e respeito com a natureza. Sinto uma missão muito forte nessa vida com as crianças, que até hoje são seres que me ensinam tudo o que eu desaprendi nessa vida. E essa seria uma ação acho que ao meu alcance de contribuir para a sustentação da vida e da humanidade nesse planeta. Mas sei que para isso, ainda tenho de caminhar e me reconhecer nessas terras sem fronteiras para aprender muito com essas vidas por aí a fora. Mas nada como caminhar em busca de um sonho, né?! Mesmo assim, acho que o meu maior sonho e a maior busca na vida é ser feliz. E não é o futuro que vai me dizer isso, mas sim o agora. Busco a minha felicidade momentânea, respeitando os meus próprios sentimentos e sabendo que o meu equilíbrio, assim como o de toda a natureza, é um ciclo de instabilidade e estabilidade. E ser feliz interdependente dos ciclos da natureza e de tudo aquilo que compõe a Terra. Quero achar a felicidade dentro de mim, a felicidade no outro e a felicidade no espaço. E por isso, digo sim: acredito na felicidade de um mundo diverso, de um mundo em que o amor rege as relações e os vínculos e que possamos juntos realizar nossos sonhos...!

O meu desafio eterno acho que é saber lhe dar comigo mesma dentro do contexto planetário em que me insiro. Meus desafios momentâneos são saber lhe dar com as expectativas dos outros (da minha família, do namorado, dos amigos, dos parceiros profissionais, das crianças, com as minhas próprias...), e manter a fé de que vou ultrapassar toda pedra que encontrarei no caminho e para isso tomar coragem de fazer escolhas, daquilo que ainda é incerto, mas daquilo que o meu coração me sopra na boca do ouvido. E que venham muitos outros (e força, firmeza e fé também, porque a gente balança, mas não cai - ou se cair, a gente "levanta, sacode a poeira e dá volta por cima") que me façam evoluir, crescer, me encontrar, me reafirmar e me reconstutuir nessa "vida.. que te quero tão bela".

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