domingo, 1 de agosto de 2010

Avaliar é saber dar valor

O jogo pra mim?!

Fazer um blog, no qual posso me expressar livremente, foi incrível. Fiquei muito a vontade de me colocar e me diverti muito fazendo as tarefas. Achei uma forma inovadora, que explora o potencial dos participantes, respeitando as diferenças de cada um e ao mesmo tempo, transparente, fazendo com que todo mundo possa se envolver no processo do outro, se conhecer e criar uma rede de relações, de colaboração e de conhecimento.

Gostaria muito de ter usado mais recursos visuais e explorar outros meios de me comunicar, e assim, atingir mais pessoas que se identifiquem com essas outras formas de linguagem. Fiquei um pouco limitada pela falta de conhecimento de utilização desses recursos e de tempo para poder me dedicar mais a esse aprendizado. Poderia também ter dado uma "fuçada" mais a fundo nos guerreiros que estavam fazendo a seleção, para aproveitar mais essa troca toda.

Mesmo assim, realizar as tarefas, foi uma forma de auto-conhecimento, e trazer mais ativamente para a consciência aquilo que já exerço, aquilo que desejo exercer e aquilo que posso melhorar...  E também de me motivar cada vez mais para realizar outras mudanças significativas na minha vida e ao meu redor, me vendo capaz e com  instrumentos para que isso ocorra.

E caminhar, persistindo naquilo que eu acredito, indo em busca dos sonhos, acreditando naquilo que tem de mais lindo dentro de cada um de nós e, estando aberta para os aprendizados e tudo o que a vida tem para oferecer.

Namastê
Gratidão e luz na caminhada.
Pela paz e o amor.

Gabi

sexta-feira, 30 de julho de 2010

4, 3, 2, 1... Já!

Salve, salve, povo!

E salve os reencontros, os elos fortificados e as transformações!

A nossa mudança relacional aqui em casa começou a acontecer. Eba! Além de mais idéias que vêm surgindo a cada instante, a cada insight, a cada vivência, organicamente os reencontros se reestabeleceram, e algumas coisas novas estão acontecendo...

Voltei de viagem por esses dias e estou a conviver com meus pais novamente em nossa casita. Só por trazer nossas vontades e necessidades de mudanças nas nossas relações aqui em casa para a nossa clara consciência, as atitudes, os cuidados e os olhares já vão transparecendo, tanto como algo oficialmente combinado, como algo que penetra nos "ares" da convivência, mudando o clima e o astral dos espaços que compartilhamos.
Refeições ritualísticas em conjunto

Nossas refeições em conjunto, por enquanto estão sendo os almoços, alguns dias os cafés da manhã. Eu e minha mãe agora resolvemos que vamos dividir o mesmo carro, antes só meu, abdicando do antigo carro dela. Sim, um belo passo de redução de consumo, de exercer nossa solidariedade uma com a outra e de conviver mais nos momentos de trânsito pessoal (que, convenhamos, nos leva um bom tempo nessa cidade, não?). Minha irmã chega na semana que vem de viagem, o que por enquanto, inviabilizou um tanto as nossas saídas semanais... rsrs.

Preparando o almoço
Nossa rede interdependente de relações

A paciência, o carinho e harmonia vieram junto com esse reencontro (processo natural de matar as saudades, depois de um tempo sem se ver) e tamos tentando manter isso, cada um colaborando com o funcionamento e a dinâmica da casa, fazendo sua parte, tentando respeitar o processo de cada um e, ao mesmo tempo, atuando no processo de cada um como parte interdependente.

Outra coisa que precisamos repensar continuamente são sobre nossos princípios de convivência. Por enquanto estabelecemos alguns combinados básicos (como se fôssemos morar juntos pelas primeira vez):

- Não deixar acumular desorganização na casa - Sujou, lavou; Usou, guardou; Bagunçou, arrumou.
- Usar o diálogo para transparecer sentimentos, ações, gostos, desgostos, "como's", "porques" e resolver conflitos, com os princípios da paciência, do respeito e talz.
Avisos, lembretes...
- Manter a comunicação: deixar recados e avisos de saídas, horários, etc e/ou ligar.
- Direcionar a atenção (nos momentos conjuntos de refeição - único oficialmente estipulado) para o coletivo familiar - momentos ritualísticos de conversas, de maior afeto, de diversão, etc.

Bom, essas são nossas conquistas, por enquanto. Acredito, que a mudança, para ser efetiva, mesmo com o impacto positivo a curto prazo, deve ser continuada para uma maior transformação coletiva a médio e longo prazo. E por isso, continuamos. E os nossos próximos passos são:

- Estabelecer uma rede de comunicação visual ativa com esses lembretes dos nossos combinados a cima;
- Estamos elaborando uma mapa relacional de ações de cada um aqui em casa, incluindo a rotina individual de cada membro da família e coletiva;
- E vamos começar a elaborar uma outra idéia de minha mãe, descrita nesse e-mail:


"Gabi,
 
Minha contribuiçao prioritaria vai ser COMPARTILHAR conhecimento sobre o valor das coisas e de nossos confortos !
Durante estas ferias, ficou claro os mundos que cada um vivemos nesta questao financeira e economica. Este tema sempre  foi e tem sido bem constante em nossas conversas familiares. Voce na  situaçao de buscar renda neste inicio de vida que se mistura com a sua busca de realizaçao pessoal atraves de uma contribuiçao coletiva . Eu agora volto a engrossar o coro, neste momento que a fonte de renda secou, e que fiquei sem alguns confortos patrocinados- carro, celular, computer,...
E a Stephy, no mundo das rainhas e princesas com os probelmas operacionais de cash e cartao de credito e trazem a tona o claro desconhecimento de gerenciar $$ e mais ainda sem saber o valor de cada consumo...
 
Minha ideia ;e listar com voces todas as nossas despesas familiares e individuais e relaciona-las com o parametro de custeio de cada despesa.Exemplo : Energia Eletrica,:entender a conta , como e com que ela varia , por exemplo KW...,
telefonia movel - que plano temos, como custeia-se : ligacao local, SMS, dados, Ligacao DDD, qdo muda de operadora,...e assim por diante
telefonia fixa - idem
.....
E assim vamos listar todas as despesas e entender como elas sao medidas e nossa proxima açao vai ser , como podemos reduzir as despesas ....
 
Cada um de nos vai assumir o gerenciamento de uma conta e vamos promover acoes de melhoria e compartilhar a evolucao ...
 
O que acha ?
 
Beijos
 
Mum"


E claro, manter toda essa dinâmica de relações, tentando criar hábitos mais saudáveis e sustentáveis de relações humanas! Fazendo com que nossa casa seja um ambiente acolhedor, confortante, afetivo e sempre criativo.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A gente não está sozinho

Graças a Deus! - Não estamos sozinhos. E como é reconfortante saber disso, mas como é difícil viver em coletivo, não?! Ser criada em uma cultura individualista, da independência e do "se vira", não é nadica de nada fácil para reverter essa história, reconstruir a cultura coletiva, desestruturando e reestruturando nós mesmos...

Para isso colaboradores não faltam! Tanto materiais e teorias de resolução de conflitos em rede virtual, como amigos (também cheios de família), outros familiares (que conhecem mais intimamente cada um de quem mora comigo) e as pessoas que passam pela minha vida e lançam uma mensagem iluminada que desperta soluções dentro do meu processo interno. Fora, é claro, minha própria família participante!

Bueno, no meio de tanta convivência e conflitos, descobri que o meu melhor jeito de me comunicar (considerando a escuta, a fala e a compreensão) é escrevendo. E foi o que eu fiz. Escrevi um e-mail para minha família - mãe, padastro e irmã - falando da minha (na verdade nossa, porque a vontade de melhorar os relacionamentos e amenizar conflitos vem de um pouquinho de cada um já faz tempo...) e começamos a pensar juntos em como mudar essa situação. Escrevi, porque além de nos comunicarmos melhor, como temos rotinas e horários diferentes, podemos manter uma conversa acessível para todos. Além disso, em período de férias, estamos cada um em um lugar: Pais viajando na lua de mel que foi postergada há 16 anos atrás, minha irmã fazendo um curso de férias e eu visitando meu namorado na Bahia.

Mas algumas propostas já levantadas foram: reunir a família pelo menos um dia na semana para ter refeições em conjunto; tentar viajar um final de semana por mês juntos (ou a cada dois meses, pois seria uma prática mais viável); ter mais paciência um com o outro e falar carinhosamente; respeitar os sentimentos e processos de cada um e conversar se tiver abertura; colaborar com as tarefas de casa - escrever algumas regras para criar novos hábitos; eu e minha irmã entramos num acordo de sair pelo menos uma vez por semana juntas.

Para mudarmos juntos podemos contar com um poquinho de talento de cada um:

Mãe - Regina: Líder feminina por onde passa. Seu fogo de Leão não passa desapercebido e consegue reunir carinhosamente todos ao seu redor. Guerreira, não se deixa abater e ao mesmo tempo, sentimental, mãezona e cheia de saberes que protegem a família toda.

Padastro - Richard: Britânico de 60 e poucos anos, mega intelectual, organizado, ativo, que deixa a casa nos trinques, perfeccionista e com visão de futuro.

Irmã - Teté: Com seus 16 anos, se mostra super calma, confiante, estudiosa, de ótimo coração e caráter.

Eu - Gabi: Idealista, cheia de vontade de mudar o mundo, de realizar, de plantar, de germinar, de articular, me relacionar, de me descobrir, descobrir o mundo e aprender a viver coletivamente! - Um grande desafio, mas missionário.

Recursos: Praticamente humanos e todos aqueles que vem da alma, da vontade, do coração, do corpo, do emocional. Além do recurso físico que a nossa casa dispõe, e do financeiro para realizar nossas refeições, viagens e saídas.

Planejamento: Enquanto não nos vemos, devemos continuar listando nossas atitudes coletivas e individuais para a melhora de nossas relações; elaborar as novas regras de manutenção e funcionamento da casa, com princípios e diretrizes; planejar o nosso próximo encontro familiar; e continuarmos nos comunicando continuamente de forma pacífica e bucando a harmonia. E claro, manter isso, em todas as fases do cronograma informal e das nossas atitudes de mudança, tentando criar uma nova esfera cultural de convivência familiar.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Compartilhando...

Grandes Idéias geram pequenas mudanças

Eu, hermana Tetézita, Ri (paidastro) e Madresita Regininha

Há algum tempo ando tentando mudar o mundo com pequenas atitudes... E resolvi, além de começar comigo mesma, expandir práticas mais sustentáveis e pacíficas para dentro de casa. Principalmente no que se trata de relações cotidianas e pessoais.

Sei que parece ser um tanto abstrato tal causa, mas acredito muito na mudança a partir do cuidado, do amor e do carinho. E o desafio maior está dentro de casa, já que tenho um nível alto de intimidade, convivência e consequentemente de desgaste. Acredito, que reconhecendo a sombra das pessoas é que podemos reconhecer as nossas próprias e aí sim olhar para a luz.. "Por traz do sombreiro está a luz" - Ukiemana.

Enfim, como não tenho a prepotência de mudar ninguém, pois acredito que a mudança está dentro de nós, gostaria de fazer a minha parte com todas as pessoas que convivo dentro de casa. Minha mãe, Regina, meu padastro, Richard e minha irmã Stephanie. Para isso, primeiro de tudo, necessito de dispor mais tempo com eles: dialogar mais abertamente, contribuir para as tarefas de casa, para a resolução de conflitos (quando o tempo esquenta) e buscar a paciência, a tolerância, a participação e o amor como forma de me relacionar.

Por isso, além de dialogar, contribuir para as tarefas de casa e "resolver" (ou amenizar conflitos), gostaria de realizar algumas outras ações mais concretas: "Se for para a felicidade ou a vontade deles, não me contrariarei", apenas colocarei a minha posição e estabelecerei mais relações de confiança e de cooperação entre nós; não cobrando nada de ninguém, mas sim mostrando com exemplo de boas atitudes. Aceitar todos eles como são e tirar todos os "se"s da frente do que poderia ter sido, e caminhar com as minhas próprias pernas para resolver as minhas próprias questões mal resolvidas no passado, no meu processo de desenvolvimento na infância, na adolescência,e por aí vai.... Ficar mais tempo com minha irmã, buscar ela na escola, fazer programas que ela propõe ou propor programas do interesse dela, ser mais companheira dela...

É um processo que se requer adaptações, e que resultados virão a médio e longo prazo. Mas acredito, que nas relações, o enfoque não está no fim, mas no processo. O resultado não será imediato. Sei, em algum lugar do meu coração, que é dessa forma, de formiguinha em formiguinha, de grão em grão, de pingo em pingo, é que se constrói uma comunidade, verdadeiramente coletiva.

Harmonizar é um desafio. Até porque acredito que harmonia existe só porque existe o conflito, é uma dialética de  processos. E que venha o conflito, mas que sabamos agir com sabedoria, saber ver o que está por trás de tudo aquilo, para nos auto-conhecermos a partir do outro, que é nosso espelho, que é eu mesma, e que somos um. Harmonizar uma comunidade e resgatar toda a raíz da família é resgatar o vínculo daquilo que nos une: o afeto.

Farei esse trabalho comigo mesma. E conto mais pra frente, como está sendo toda essa desafio...

Ahoo!

sábado, 10 de julho de 2010

ASTERISCO *



Pessoal, esse é um vídeo do Bloco Treme Terra! Queria ter colocado ele lááá no começo (no "Ar da graça"), mas como o processo é lento (de aprendizagem aqui nessa nova ferramenta de comunicação), coloco esse * aqui, tá?!

AXÉ ODARA

Saco de Ideias - Origami - A grande sacada

COLETA SELETIVA





Eeee atividade danada de boa, sô!
Caiu como uma luva essa da coleta seletiva. Fazia já umas semanas que eu marcava um dia pra fazer uma reciclagem no meu quarto, mas num rolava... No fim, deu mais do que certo!

Coleta Seletiva de resíduos sólidos nós já fazemos um tempo aqui em casa. No mínimo uns 5 anos, que foi quando entrei na faculdade de Gestão Ambiental... E mais ou menos na mesma época, meu padastro, Richard, saiu da onde ele trabalhava e foi estudar "sustentabilidade", como ele mesmo diz. Mas que grande evento foi esse para a nossa dinâmica familiar: práticas mais ecológicas começaram a surgir dentro de casa e, como pai de família, isso começou a influenciar muito mais nos hábitos cotidianos...

Primeiro compramos 4 lixeiras de cores diferentes para cada tipo de resíduo. E td que não era reciclável jogávamos no lixo menos que fi
cava na cozinha (todas as outras lixeiras ficavam do lado de fora, do lado da porta da cozinha). Mais pra frente, com uma área considerável de jardim que temos aqui em casa, comecei a me preocupar com o lixo orgânico que poderia virar adubo. E foi assim que compramos a nossa Minhocasa (minhocário caseiro) e mais um lixinho para a cozinha, onde colocamos o lixo orgânico que vai para a composteira e no outro os restos... Isso pq, como é uma composteira caseira, precisamos ter um bom manejo dos restos para não ficar cheiro, não vir bicho, essas coisas... Então tem certos alimentos que não servem para o processo caseiro de decomposição para gerar adubo. O adubo colocamos no canteirinho de ervas que temos aqui em casa. E tudo funciona que é uma beleza.

O mais legal de tudo (falando de nossas conquistas) é o forro do recipiente dos lixos espalhados pela casa - nos banheiros, nos quartos, etc. O Ri (meu padastro) teve uma idéia excelente. Ele resolveu participar de um concurso da campanha "Saco é um saco", contra o uso de sacolinhas plásticas... E para participar, tinha que fazer um vídeo sobre a diminuição do uso das sacolinhas, que os internautas votavam e depois, dentre os finalistas, os juris escolhiam. Aí, ele fez uma parceria com um amigo meu, Caio, que fazia audivisual na mesma faculdade que eu. E eles fizeram um vídeo de um origami feito de jornal, tipo um chapeuzinho ou... tchan tchan tchan tchan: um forro de lixeira! É simplesmente incrível. Ou seja, não precisamos mais nem de sacola plástica pra nada! No fim, eles não ganharam o concurso, mas ganhamos muito com o jornal aqui de casa. - Tem o videozinho postado: Saco de Idéias - Origami: A grande sacada, assistam! Lá explica como fazer a dobradura, é facinho, facinho... E divertido!


Bom, fora isso, dei uma enxugada no meu guarda-roupa! Sapatos, bolsas, coisas de cabelo, casacos, vestidos, saias, blusas, calças, enfim... Uma montanha de roupas, literalmente! O tanto de cabide que foi-se embora e deixou meu armário respirar um pouco tbm foi uma quantidade que nem eu sabia que existia! ;)

No meio desse caos organizador, achei roupas de amigas, separei para devolver; roupas de madresita e da irmã (isso que dá ter mulheres de genes descendentes na mesma casa); e as que sobraram dei pro moço aqui da rua que passa de vez enquando. E que felizmente passou essa semana. Algumas menores eu guardei pra dar pra Dandara e pra Luanda, duas amigas minhas (uma de 12 e outra de 8), que moram lá no Morro (do Querosene), faziam Treme Terra (antigo Afrobase) comigo e faz tempo que não as vejo; e como de tradição de todo ano, dou roupas antigas pra elas. E com criança não se pode perder a tradição, né?!

Em relação ao consumo dessa semana: Estou solita em casa esse mês. Família toda foi viajar e eu quem to administrando a casa. E é bom isso, porque compro só aquilo o que é estritamente necessário, tanto de comida, como de outros produtos... Minha mãe costuma fazer estoques em casa e aí muita coisa estraga, ou mesmo nem é usada, pq o estoque é mensalmente recoberto. E to feliz, pq to gastando todo o estoque. Fiz feira orgânica e deu pra quase duas semanas... E usando tbm as minhas economias para "sutentar" a casa, tenho o real controle dos gastos, do que devo consumir (e consumir produtos orgâncos, de pequenos produtores e ecológicos, como um pão integral de um amigo, por exemplo). Ando também muito em casa, só saindo para algumas reuniões e as aulas de dança, por isso ando economizando em transporte, que na verdade é algo que quero melhorar, e diminuir mesmo as energias dos translados distantes que faço entre as regiões da metrópole - zona oeste, centro e sul. E dou carona sempre que posso. Esse final de semana mesmo, to fazendo um curso de Educação Libertária que é no Butantã e fiquei responsável pelo transporte do pessoal de Sumaré-Perdizes. Em relação a comunicação, quanto mais pela internet, melhor, economizando $ e energia, né? O chuveiro de casa é a gás e aí só antes de entrar no banho ligo a bomba do aquecedor, porque ela fica desligada o resto do tempo... Torneira fechada na hora de escovar os dentes, na hora  do banho (só no banho de durante o dia, agora que tá no inverno), na hora de lavar a louça e por aí vai. Ah! fora os meus abisorventes (de pano) e o meu divacup - um absorvente interno não descatável que armazena o sangue, podendo usá-lo para nutrir a terra, quando diluído com água na hora de regar as plantas.




segunda-feira, 5 de julho de 2010

MEU COMPROMISSO

Como cidadã tenho o eterno compromisso de cuidar e zelar pela Mãe Terra, por todos e tudo aquilo que a constitue.

Após o programa, pretendo compartilhar as técnicas, a metodologia, as idéias, os ideais, as vivências e multiplicar tudo aquilo que for possível! Tanto de forma ideológica de vida, de acordo com os meus princípios, e como desenvolvimento profissional, podendo agregar cada vez mais nas trocas de experiências, contribuindo para um desenvolvimento local e necessário, que no qual se crie autonomia e se perpetue como forma de conhecimento, hábito e atitude; como forma de vida, como visão diversa e igual do mundo.

Por isso, penso começar nos locais onde frequento, tanto na comunidade Afrobase, como em lugares de tradicões culturais em situações de risco. Como comunidades quilombolas, ribeirinhas, caiçaras e por aí vai... Tenho o sonho de poder resgatar a identidade coletiva que forma o Brasil, junto aquilo que proporcionará desenvolvimento e cuidado. Despertando o cidadão do mundo que tem em cada um de nós.

domingo, 4 de julho de 2010

MINHA AÇÃO

Desde que estava na escola, eu fazia um programa de voluntariado às tardes, de 15 em 15 dias (se bem me lembro) depois das aulas e antes do inglês, que tínhamos 2 vezes por semana.. Era pequenos grupos interseriais que se juntavam para serem guardiões de atividades de literatura e artes plásticas com crianças e jovens órfãos e/ou abandonados. Na época tinha entre 13 e 14 anos. Entrei com uma realidade completamente diferente da minha, e tive oportunidade de poder trocar experiências de vida com jovens da mesma idade que a minha e até mais velhos. Fazíamos contações de histórias, desenhos, pinturas e argilas, rodas de leitura e montamos uma biblioteca com doações de livros que recebíamos principalmente dos educandos do Vera Cruz (escola onde estudei).

Com uns 16 anos, ainde com o pessoal da escola e com o nosso professor de filosofia, o Adriano Bechara, ía fazer um trabalho com crianças que moravam na comunidade Jardim Fim de Semana, na Associação Rainha da Paz, na zona Sul de São Paulo. Lá montamos uma gibiteca e fazíamos rodas de leitura e outras atividades recreativas. Íamos lá, mais ou menos uma vez por mês. Pegávamos vários ônibus que demoravam horas para chegar e por isso, entrei em maior contato, compreendendo um pouco mais do possível cotidiano de uma periferia.

Já na faculdada, no segundo ano, mais ou menos, quando tinha uns 19 anos, fui trabalhar como educadora na Ciranda Social. Era uma ONG que atendia crianças e jovens das comunidades do Sapé, Mil e dez, São Remo, Jaguaré e Rio Pequeno (bairro do Butantã, zona Oeste de São Paulo), com atividades recreativas, aulas de informática, reforço escolar e iniciativas ambientalistas, como coleta seletiva e educação ambiental.

Mais ou menos na mesma época, no fim de 2006, entrei no Treme Terra (atual Afrobase), que ficava no Morro do Querosene. Lá, comecei a fazer dança afro. E através de um espaço igual e compartilhado, conheci pessoas diversas (de classes sociais, cor, idade, gêneros, e por aí vai...), onde aprendi muito, me reconheci e afirmei a minha identidade. O Treme Terra foi um lugar que tinha um sentimento de pertencimento muito forte e , por isso, comecei a participar mais integralmente de iniciativas culturais.





Treme Terra na Escola Amorim Lima - Lígia, Terená e Gabi.





Também com caráter social e educacional, atuei mais recentemente em diversos mutirões de transformações espaciais, principalmente de cunho ambiental. Esses mutirões prefiro chamar de "festas de trabalho", como é chamado em inglês (work parties) e me particularmente, me agrada mais... Afinal, o que não é divertido, não é sustentável, né?! Participei da construção de uma sala de aula ao ar livre do Projeto Dedo Verde na Escola, da ONG 5 Elementos: fizemos uma parede de pau-a-pique, bancos de sacos de areia, uma horta em espiral e um espaço lúdico para as crianças. Além disso, participei de encontros de comunidades alternativas, onde fazíamos plantios, construíamos fornos e saunas de barro e almoços coletivos. Já trabalhei em mutirões de permacultura no Sítio Olho D'Água, do grupo Solares, realizando hortas em mandalas e a construção de um filtro biológico; e também com compastagem, manejo de banheiro seco, implementação de coleta seletiva, colheita de frutas e manejo da horta no IPA, Instituo de Permacultura da Amazônia, em Manaus, onde estagiei por uma semana.

Empacotando Rambutã, depois de colher - Gabi e Fefo -


- IPA, nosso cafofo


Pintando as lixeiras feitas de pneu para coleta seletiva - Marcelinha, Gabi, Sil e Lau -





Lembro-me que bem no dia do meu aniversário de 21 anos, estava eu no Vale do Matutu, em Minas Gerais. Estava com a minha Tia, meu Tio e minha amiga Julia e participamos de reunião que estava tendo com a comunidade de lá, conduzida por um facilitador. Participavam nativos, pessoas de primeiras e segundas residências e pessoal que mora na comunidade do Santo Daime. Foi incrível ver que em momentos de conflitos (o que está presente em todas as relações), pode-se unir interesses e visões para o desenvolvimento e a evolução de um determinado local; algo comum entre todos. E tudo isso, através da democracia participativa, da decisão por consenso, da pró-atividade e da responsabilidade de todos os envolvidos. Foi nesse dia que me clareou a vontade de ser facilitadora de processos locais e comunitários, como também integrante de algum coletivo. No mesmo dia, abriu-se um portal de bênçãos nesse momento de renascimento: um arco-íris de arco inteiro se formou na minha frente, me presenteando a luz divina...

E essa luz divina que me faz acreditar na união para a transformação. Não só sinais e experiências de vida, mas também sonhos, oráculos e mil outras coisas que me dizem que ainda devo articular e juntar forças para que podemos construir aquilo que com certeza é possível e está ao nosso alcance.




Vale do Matutu - Cabeça do Leão - Arco íris de Aniversário!



































quinta-feira, 1 de julho de 2010

MEU PROPÓSITO

OM SOMOS UM SOMOS OM SOMOS UM SOMOS

QUEM ESTOU?!

No dia de hoje, sinto-me feliz. Tranquila, firmada, com fé, com saúde, força... Depois de uma aula de yoga na casa dos amigos e de pegar minha cesta orgânica (com os mesmos amigos), sinto o grande propósito de seguir em frente. Ando num período delicado da minha vida, tentando lhe dar com a instabilidade para atingir meu próprio equilíbrio.

Me formei ano passado em Gestão Ambiental e, depois, de um ano super focado em terminar a faculdade, saí viajando pelo Nordeste (com algumas economias dos meus anos de estágio) e depois fui fazer um curso de Alfabetização Ecológica na Inglaterra. Esse curso foi uma imersão de reconexão com Gaia! Com pessoas do mundo inteiro, vivi duas semanas em uma comunidade e formamos uma família linda e multicultural. Voltei para o Brasil e fui visitar meu companheiro que mora na Bahia, em Itacaré e ficamos 10 dias juntos, entre praias, chuvas, projetos e suas pinturas (ele é artista plástico)... Depois que voltei a São Paulo, retomei minhas atividades no Afrobase, núcleo de educação e cultura afro-brasileira, no Toró (fomos pra Brasília trabalhar na CONFINT - confint2010.mec.gov.br ou vamoscuidardoplantea.net), e além disso tento reestruturar minha vida com as novas demandas que emergem dentro de mim mesma.

Estou a construir um chão para o plano social da minha vida, procurando emprego, fazendo cursos, montando grupos e fazendo escolhas para que minha vida tome o rumo certo... Sempre cuidando do meu corpo, da minha mente e da minha alma para captar os sinais do Universo que me guiam e para manter essa força e essa crença de que algum momento tudo irá se resolver, se encaixar.. Aliás, já está se resolvendo, encaixando e dando certo...

Dúvidas profissionais eu não tenho não.. Sei bem que quero unir a educação com o desenvolvimento local, como forma integrada de cidadania e de transformação social, através das unificação das áreas do saber, da arte e do amor (da afetividade). E é isso que ando procurando... Trabalhos na área de arte educação e de educação ambiental. Por enquanto, né?! Porque pretendo cada vez mais conhecer sobre técnicas, experiências e conhecimentos sobre desenvolvimento local. Acho que nem a educação ocorre sem a transformação social na prática e vice-versa. Tudo deve ser vivenciado. A minha grande dúvida é por onde devo começar, sem esperar que a porta do céu se abra pra mim? Acho que algumas portas eu mesma já estou abrindo até dentro do meu EU, mas estou em busca de outras para juntar forças e conseguir romper mulharas sociais e, assim, construir um novo mundo. Ah! Mas vai saber o que a vida me reserva... Tendo muito ainda pra viver e conhecer (Deus queira que sim), quem sabe eu descubra o mundo novo em ebulição. Somos caixinhas de surpresas.

No meio disso tudo ando sonhando um tanto, acordada como dormindo também. Nos momentos de ócio criativo é que a gente se reconstrói, né?! Nossa, e como esse processo tem sido importante para eu dar valor a paciência e a persistência daquilo que eu acredito, nesse momento de instabilidade, sabe? E aí, o meu sonho que me veio muito forte dias desses foi o de montar uma escola na roça. Em Minas. Ou num sei... Minas é um lugar tão querido por mim, que tenho um vínculo ancestral-familiar e ancestral-espiritual, creio eu. Acredito numa escola que seja uma comunidade de aprendizagem, onde todos constroem o espaço e o conhecimento de forma conjunta. Onde as pessoas aprendam a cuidar, a amar, a viver em harmonia e respeito com a natureza. Sinto uma missão muito forte nessa vida com as crianças, que até hoje são seres que me ensinam tudo o que eu desaprendi nessa vida. E essa seria uma ação acho que ao meu alcance de contribuir para a sustentação da vida e da humanidade nesse planeta. Mas sei que para isso, ainda tenho de caminhar e me reconhecer nessas terras sem fronteiras para aprender muito com essas vidas por aí a fora. Mas nada como caminhar em busca de um sonho, né?! Mesmo assim, acho que o meu maior sonho e a maior busca na vida é ser feliz. E não é o futuro que vai me dizer isso, mas sim o agora. Busco a minha felicidade momentânea, respeitando os meus próprios sentimentos e sabendo que o meu equilíbrio, assim como o de toda a natureza, é um ciclo de instabilidade e estabilidade. E ser feliz interdependente dos ciclos da natureza e de tudo aquilo que compõe a Terra. Quero achar a felicidade dentro de mim, a felicidade no outro e a felicidade no espaço. E por isso, digo sim: acredito na felicidade de um mundo diverso, de um mundo em que o amor rege as relações e os vínculos e que possamos juntos realizar nossos sonhos...!

O meu desafio eterno acho que é saber lhe dar comigo mesma dentro do contexto planetário em que me insiro. Meus desafios momentâneos são saber lhe dar com as expectativas dos outros (da minha família, do namorado, dos amigos, dos parceiros profissionais, das crianças, com as minhas próprias...), e manter a fé de que vou ultrapassar toda pedra que encontrarei no caminho e para isso tomar coragem de fazer escolhas, daquilo que ainda é incerto, mas daquilo que o meu coração me sopra na boca do ouvido. E que venham muitos outros (e força, firmeza e fé também, porque a gente balança, mas não cai - ou se cair, a gente "levanta, sacode a poeira e dá volta por cima") que me façam evoluir, crescer, me encontrar, me reafirmar e me reconstutuir nessa "vida.. que te quero tão bela".

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Por que participar do Guerreiros Sem Armas?!

Salve Salve...



Como atual guerreira na busca de realizar meus ideais (sem armas, é claro), me deparo com alguns desafios no caminho. Eles vêm em forma de obstáculos e muitas vezes obscuros, sem saída, com portas fechadas e por aí vai... E dependo do obstáculo, recuo, pulo com facilidade, dissolvo, luto arduamente até vencê-lo ou às vezes dou meia volta e sigo por outra direção. Pois é, são as tais das pedras que a gente sempre encontra no meio do caminho...



Parafraseando as sábias palavras já ditas por Carlos Drummond (...):



"No meio do caminho tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

tinha uma pedra

no meio do caminho tinha uma pedra



Nunca me esquecerei desse acontecimento

na vida de minhas retinas tão fatigadas

Nunca me esquecerei que no meio do caminho

tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

no meio do caminho tinha uma pedra"



(...) percebe-se que pelo nome do poema, "Meio do caminho", o autor dá ênfase para o caminho, mesmo falando da pedra o poema inteiro. A pedra é algo que sempre estará lá e que ela é estática, sendo este o seu próprio movimento. E essas são suas características mais puras, verdadeiras e que representam a sua essência. Pode-se ver, então, a pedra como a própria essência. A essência que se reflete e que nos deparamos no nosso caminho. Estável, presente, permanente, que nem a pedra... Nos conscientizando da nossa essência, podemos, assim olharmos para o nosso entorno, para o caminho.

No meu caminho, mesmo ele sendo singular, eu encontro com diversos seres lindos, que me completam, me preenchem, me ensinam, e me dão a certeza de que sigo o caminho certo. E com essas pessoas, irmãos que compõe essa grande casa comum que é a Terra, quero evoluir junto, reinventar o presente, refazer círculos, me abrir para o novo, sempre captando os sinais de que a vida flui nessa direção...

E por ouvir meus sinais de até então, acredito na mudança (tanto minha, como das sociedades e da humanidade como um todo) pela coletividade, pela convivência com a diferença, pelo desenvolvimento local, pela geração de conhecimento, pela vivência, pelas práticas, pelas relações. Vivenciar o "Guerreiros Sem Armas" sem dúvida vai ser um desenvovlimento integral do meu ser para me ajudar a contribuir para a criação de sociedades mais justas, acessíveis, igualitárias e sustentáveis, achando a minha essência e a essência da vida. Assim como a pedra.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O ar da graça!






Salve a todos que lêem estas palavras (e as entrelinhas)!

Eu SOU a Gabriela. Que se repercute em corpo, alma, mente e espírito. E em outras dimensões tão porfundas, que são ainda desconhecidas pela minha consciência.

Mas na consciência sei que mesmo finita na matéria, sou eterna no tempo do agora. E serei uma eterna aprendiz e guardiã da vida. Em busca de mim mesma: através de mim; através dos meus espelhos, os outros que compartilham o caminho; e através desse espaço, dessa Terra, sem fronteiras onde é meu berço, minha morada e meu colo.

Sou como uma célula de membrana permeável que se reconstitui a todo o momento, em constante movimento, renascimento e evolução.

E em constante movimento, sigo na dança da vida, onde me encontro com minhas raízes africanas e expresso elas através do meu corpo, tentando me reconhecer como mulher, como guerreira e como eu mesma (ser vivo e ser humano), com força e sensibilidade. Por isso, participo de um grupo de dança afrobrasielira e percussão, chamado Treme Terra, dentro do Projeto de arte, educação e desenvolvimento pessoal, Afrobase, localizado no Rio Pequeno, Butantã (São Paulo -SP - mesmo sendo cidadã do mundo, atualmente tenho a cidade de São Paulo, como meu lugar onde resido).

Ainda dentro do infinito universo da identidade, das origens e da cultura, pratico outras formas de reconhecimento de mim mesma com as danças populares brasileiras, com um grupo transversal que dialoga com as manifestações culturais, com a consciência corporal e com a educação ambiental, despertando a ecologia pessoal de cada ser. Esse coletivo chama-se Toró.

Ramificando tais áreas do conhecimento, também trilho a estrada da educação, usando-a como criação de elos e vínculos de relação, no qual exerço minhas práticas de educadora-aprendiz, através das minhas experiências de vida, junto com os anjos que me guiam e me entregam toda a luz desse mundo: as crianças.

E por aí sigo... o desvendar da vida, procurando a paz, o amor, a serenidade e a alegria como caminho para o fim que não importa.

Eu de Tapuia, dançando Bumba-Boi Maranhense

Eu dançando samba de roda com o Toró na III Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente